quinta-feira, 29 de julho de 2010

A capacidade pouco vale sem a oportunidade





Parafraseando Napoleão, consultora fala sobre os desafios diários do líder em manter a equipe motivada, apesar das próprias pressões e angústias diárias da liderança.
Nunca se falou tanto sobre a importância do trabalho em equipe como agora. A procura por indivíduos que tenham habilidades para trabalhar em conjunto é cada vez maior, sendo apontada como uma competência essencial. Equipe não é somente o conjunto de pessoas que atuam juntas num determinado projeto, cada qual na sua função. O significado é mais profundo: a ideia é que cada integrante saiba qual é a sua parte no grupo, mas que leve em consideração o todo, valorizando o processo inteiro e colaborando com ideias e sugestões. E o resultado da meta estabelecida, seja num projeto empresarial, num grupo voluntário ou numa sala de aula, não é mérito somente do líder. É mérito de todos!
Faz parte do ser humano o sentimento de pertencer, integrar algo maior que ele próprio e assumir um ideal comum. Portanto, cada integrante de uma equipe precisa ter consciência de que seu trabalho é importante para seu grupo e se sentir valioso para ele. Trata-se de uma sensação de comunidade em que todos se conhecem, se encaixam, se sentem seguros e amadurecem. Manter uma equipe coesa, no entanto, não é tarefa das mais fáceis. Afinal, trata-se de lidar com seres humanos e saber conciliar suas diferenças.
Tomemos como exemplo o corpo humano. É uma perfeita equipe! Cada órgão tem o seu funcionamento, mas se um deles apresenta algum problema, todo o organismo se estrutura para funcionar da melhor forma possível, tentando minimizar a situação e se esforçando para encontrar um caminho para solucioná-la. Equipe é isso. Ela tem um líder natural, mas também tem que ter tripulantes e não passageiros. Os passageiros apenas ficam encostados à janela do avião, esperando a aterrissagem. Já os tripulantes colaboram para o sucesso da aterrissagem, porque cada um tem a sua função também. E todas elas são peças fundamentais para que esse avião possa decolar e aterrissar.
O dia-a-dia nos toma tanto tempo que corremos o risco de deixar passar chances únicas em nossas vidas. Temos que ser e não esperar ser, ou seja, as pessoas têm que ser dispostas, principalmente para discutir diferentes assuntos. Além disso, é necessário que cada um tenha também flexibilidade, capacidade de tratar as informações racionalmente e emocionalmente.
Emocionalmente porque todos nós teremos que aprender daqui para frente, a liderar e sermos liderados por dois princípios: o masculino (como sempre foi) e o feminino, que vem se destacando nas relações interpessoais, principalmente, no trabalho em equipe e na importância da intuição nos negócios. Isso habilita a pessoa a aceitar críticas honestas e opiniões conflitantes, ou seja, dá mais jogo de cintura e flexibilidade para receber e dar feedback. Equipes que encorajam esse tipo de prática vão aproveitar ao máximo as habilidades individuais de seus membros. E se quisermos que as nossas equipes sejam melhores e cumpram os seus objetivos, cada integrante deve se preparar para ser, individualmente, o melhor.
Mas, há um fator extremamente importante também e que poucos discutem. Como é a vida de um líder diante disso? O líder, o chefe, o supervisor, enfim, aquele que estiver no comando do negócio ou da ação, geralmente não é visto como alguém que também tem fraquezas, medos, incertezas e que tem em suas mãos o destino de cada membro da equipe e dos negócios. Muitas vezes ele é visto como o tirano, como aquele que tem problemas em casa, o que não sabe se relacionar com o resto do mundo, o intransigente, o mal-amado, o egoísta, o marionete da empresa.
No fundo, ele é como qualquer ser humano, e ainda tem seu pescoço à disposição da empresa, caso a equipe não consiga atingir suas metas. Viver sob este tipo de pressão, diariamente, não é nada fácil, e se ainda tem que motivar, controlar e solucionar até problemas de relacionamento dentro de uma equipe, imagine como é o comportamento dessa pessoa.
Você que é líder, veja um pouco mais sobre o que é ser líder e perceba as oportunidades, pois como diria Napoleão Bonaparte: “A capacidade pouco vale sem a oportunidade!”
- Mantenha-se sempre receptivo à mudança. Tratá-la como sua inimiga o fará fracassar.
- Mantenha seus colaboradores envolvidos com as mudanças, tanto quanto você estiver. Elas podem ser vencidas com muito trabalho e inteligência, desde que todos estejam juntos.
- Encare sua realidade, seus desafios e problemas. Só assim é possível virar o jogo.
- Gerencie menos. Assim você delega tarefas, instaura a confiança e o respeito ao trabalho dos outros e terá tempo para se dedicar aos assuntos mais importantes.
• O bom humor e a educação são fundamentais para qualquer ambiente organizacional. Isso proporciona um ambiente leve, produtivo e criativo.
• Estimule a criatividade e abra caminho para receber ideias, sugestões e críticas. Isso é crucial para o futuro dos negócios.
• Faça elogios, reconheça o bom desempenho dos membros de sua equipe. Assim a equipe se tornará mais motivada, unida e comprometida com os desafios e resultados.
• Não tema contrariar o senso comum. Decisões ousadas, que sejam baseadas na realidade da empresa, mercado ou negócios, são o caminho para o sucesso.
• Trate bem as pessoas e dê oportunidade para que sejam ouvidas e se sintam dignas e pertencentes à empresa. Dessa maneira você multiplicará líderes!
• Um líder deve ser humilde. Só assim ele terá chances de ser um bom líder.
Leila Navarro (Conferencista e Especialista Comportamental. É colaboradora acadêmica na ESADE Business School, na Espanha e autora de 13 livros - www.leilanavarro.com.br e www.leilanavarro.com.br/blog

HSM Online

12/07/201

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Felicidade pode virar lei.


Felicidade pode virar lei. O que você acha?
PEC apresentada no Senado pretende inserir na Constituição, junto a garantias sociais – como educação, saúde e emprego – o direito de ser feliz. Proposta gera dúvidas sobre seu efeito prático.


início desse mês de julho, foi protocolada no Senado a Proposta de Emenda Constitucional apelidada de PEC da Felicidade. Apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o projeto quer alterar o artigo 6º da Constituição, que trata dos direitos sociais da população. O objetivo é incluir entre garantias como educação, saúde e trabalho, o quesito "felicidade".


Segundo Cristovam Buarque, a proposta partiu de um grupo de artistas e intelectuais, e, se vingar, "pode gerar uma revolução no país". O movimento + Feliz – que, em seu site, estampa fotos de nomes famosos, como Patrícia Pillar, Daniel e Toni Garrido, vestindo a camisa da campanha – encampa a ideia, contando com a adesão de grandes empresas nacionais e internacionais dos setores industrial, comercial e de serviços.O movimento, que foi articulado por uma agência de publicidade, denomina-se "apartidário e não governamental que nasceu de uma simples ideia, estruturadora de um grande sonho: quanto maior o esforço e envolvimento de todos para a melhoria da educação no país, mais feliz será nossa sociedade".


O que é felicidade?


O Movimento +Feliz considera que através da valorização do "capital social" o Brasil pode alcançar um novo patamar de qualidade de vida, e coloca a educação como o primeiro ponto a ser levado em conta na busca por uma sociedade feliz. No entanto, muitas questões surgiram acerca do conceito de felicidade, que é bastante subjetivo, e foram levantadas algumas dúvidas sobre a real validade, na prática, da proposta apresentada pelo senador Cristovam Buarque.


Em matéria do Diário do Grande ABC, o professor e cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas, diz que a questão dificilmente terá efeito prático, pois considera que a felicidade depende de um conjunto de fatores que fogem ao domínio do Estado.


Cristovam Buarque afirma que, com a proposição, "visa humanizar o Direito, que ficou frio e se tornou uma coisa da racionalidade, perdendo o sentimento que deveria ter".

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Assédio Moral


Construtora deverá indenizar pedreiro vítima de xingamentos e humilhações

Data: 02/03/2010 / Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 3ª Região Minas Gerais

O superior hierárquico que desrespeita o empregado, submetendo-o a humilhações e xingamentos, cria no local de trabalho um clima de hostilidade e insatisfação, o que pode acarretar o surgimento de doenças mentais.

O tratamento desrespeitoso dispensado ao empregado ofende a sua honra e dignidade, causando-lhe dano moral passível de reparação. Essa questão foi objeto de análise da 2ª Turma do TRT-MG, que acompanhou o voto da juíza convocada Maristela Íris da Silva Malheiros.

Pelo que foi apurado no processo, o encarregado da obra tinha o hábito de chamar o pedreiro de "vagabundo", "preguiçoso" e "macaco". Vivia dizendo que os pedreiros da cidade eram "meia colher", "arrancadores de feijão" e deveriam trabalhar na roça.

De acordo com o depoimento das testemunhas, o preposto da empresa estava sempre xingando o reclamante com termos racistas e palavras de baixo calão. Dizia que seu trabalho era mal feito e, por isso, deveria ir trabalhar na lavoura ou morrer de fome.

As testemunhas relataram que, certa vez, os pedreiros pediram para não trabalhar na chuva. Então, o preposto respondeu que, como a empresa havia comprado capas, eles deveriam trabalhar debaixo de chuva.

Reprovando o comportamento do preposto da empresa, a relatora do recurso enfatizou que o ambiente de trabalho deve ser considerado local sagrado, construído diariamente com base na harmonia e no respeito mútuo.

E, nesse esforço conjunto com o objetivo de harmonizar o ambiente de trabalho, o bom exemplo deve partir justamente do superior hierárquico, principalmente no âmbito da construção civil, onde o trabalho é árduo e penoso.

"Nessa construção e reconstrução diária, o que se espera dos chefes, encarregados e superiores de um modo geral é, no mínimo, o tratamento respeitoso com seus subalternos, pois, na maioria das vezes, quem dá o tom ao ambiente de trabalho são justamente os superiores hierárquicos, pois são eles, por sua experiência, vivência, respeitabilidade e maior capacidade de liderança, que reúnem mais condições de harmonizar o ambiente de trabalho, obviamente sem perder o comando que lhes cabe na empresa" - finalizou a magistrada, dando provimento ao recurso do reclamante para aumentar o valor da indenização por danos morais para R$4.800,00.

Terror psicológico leva empresa a indenizar vendedor
Data: 27/02/2010 / Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

Humilhação, assédio moral e terror psicológico continuado. Uma grande empresa de seguros foi condenada a pagar indenização no valor de R$ 20 mil a um de seus vendedores que foi moralmente ofendido ao ser submetido à técnica de estímulo a vendas baseada no terror e na humilhação. A condenação foi mantida na Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em recurso no qual a empresa pretendia, entre outros, se isentar da punição.

O empregado trabalhou na empresa de 1989 a 2006 como vendedor de seguros. No mesmo ano da dispensa, reclamou na Justiça a ofensa sofrida e conseguiu indenização de R$ 100 mil, valor que o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) considerou excessivo para a situação e o reduziu para R$ 20 mil. Ainda insatisfeita, a empresa recorreu ao TST, mas o valor foi mantido.

Ao examinar o caso na Primeira Turma, o ministro Vieira de Mello Filho verificou que o acórdão regional registrou a conduta abusiva da empresa no relacionamento com o vendedor, expondo-o a "vexame e constrangimento contínuo e habitual em seu ambiente de trabalho", por conta da cobrança de melhores resultados nas vendas, inclusive com ameaça de dispensa.

Ao se manifestar na sessão de julgamento, o presidente da Primeira Turma, ministro Lelio Bentes Corrêa, expressou sua preocupação com as metas de vendas buscadas pelas empresas que utilizam a técnica do terror e da humilhação para conseguir melhores resultados. No presente caso, "a punição é necessária até para que a empresa reveja seu relacionamento com os demais empregados", afirmou.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O indivíduo em concordância com a expectativa corporativa.


Todos nós sofremos pressões sociais advindas dos mais variado meios e um dos principais, provavelmente seja o ambiente de trabalho. As expectativas sociais sobre a pessoa pode ser vista por ela como duras e difíceis, no entanto, quando estas expectativas se encontram em harmonia com a expectativa pessoal, é que encontramos o melhor desempenho e desenvolvimento profissional, afinal, o interesse pela organização faz bons profissionais, mas o comprometimento pessoal gera experts. A melhor pessoa para se ter conosco, não é aquela que aprisionamos e sim aquela que opta em permanecer junto. A ambição profissional deve ser estimulada, pois é o resultado de um longo processo de busca pessoal, que a leva a crer que se pode sempre ir mais longe. As maiores companhias se desenvolveram porque os seus funcionários se desenvolveram juntos e a grande competitividade é resultado da liberdade e autonomia pessoal dos integrantes da equipe de trabalho. Grande não é uma marca, grande são todas as pessoas envolvidas na criação e desenvolvimento, que resulta na marca.
Investir no capital humano é desenvolver a responsabilidade social inerente ao empreendimento, cada funcionário se torna um multiplicador do bom clima organizacional e desta forma, agindo nos seus lares, famílias e sociedade. Os bons sentimentos gerados pela afetividade positiva se tornam uma característica, o ambiente se torna prazeroso, independente do esforço exercido no trabalho, a confiança entre organização e funcionário aumenta e a produtividade, embora colocada em segundo plano, atinge seu máximo. Pode vir a ser que um bom funcionário se desligue de sua empresa, o que não deverá ser visto como algo negativo, afinal, sempre poderá contar com bons profissionais se tiver uma boa empresa. A direção para a qual ambos caminham, empregado e empregador, é a mesma!