terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A Verdadeira Felicidade!

Autor: Jonas Araújo
A verdadeira felicidade:
O consumismo desenfreado e as experiências pessoais de bem estar

Se perguntares a qualquer pessoa “o que é felicidade pra você”, certamente você ouvirá as mais variadas (pra não dizer excêntricas) respostas. Isso nos leva à velha convicção de que a felicidade é algo subjetivo, pessoal e intrínseco a cada um dos seres humanos. Mas se analisarmos a fundo é possível perceber que a felicidade apresenta alguns padrões. Vamos à eles.
Pessoas que perdem o emprego, um ente querido ou sofrem de patologia grave não se dizem como felizes. Em todas estas situações, há a perca do controle, da autonomia. Explicarei a seguir. Quando perdemos um emprego que gostamos temos que nos sujeitar ao ‘exército de reserva’, quando perdemos um ente querido percebemos nossa fragilidade diante da vida, e quando estamos doentes, perdemos nosso direito de escolher onde, como e com quem estar, visto as impossibilidades que a doença nos impõe. Logo, pode-se dizer que a felicidade depende necessariamente do nosso autocontrole, de nossa capacidade autônoma.
Estudos atuais provam que a busca desenfreada pela aquisição de bens de consumo ao invés de trazer realizações duradouras, podem trazer graves prejuízos à saúde. Para ilustrar, imagine o carro, ou alguma coisa de valor que ganhou ou comprou, no qual na época em que consegui esse ‘bem’ você sentiu-se muito feliz. Olhe para esse mesmo bem agora. Você é mais feliz do que era antes de tê-lo? Cientistas apontam que aquisição de gratificação externa (dinheiro, status e outros bens de consumo) não nos deixa felizes. Mas então, o que nos torna felizes?
As experiências internas, relacionadas ao bem estar pessoal e ao prazer da auto-motivação nos afetam mais profundamente do que qualquer bem material. Por exemplo, um bailarino que executa uma coreografia de alto grau de dificuldade de maneira impecável, se lembrará e orgulhará da façanha por muito tempo, enquanto o dinheiro extra que ganhou em um espetáculo de grande porte servirá como recompensa imediata, e algumas semanas estas recompensa não mais o deixará mais ou menos feliz do que era antes de conseguir a ‘bolada’.
Pra terminar, deixo uma reflexão. Você já percebeu que seu dia está tão ‘corrido’, que você não percebe que está feliz ou não? Muitas pessoas só percebem os momentos felizes quando eles já passaram. Isso quando os percebem. Então, é hora de voltar a sermos autônomos, de assumir o autocontrole, o volante de nossas próprias vidas. Não estou dizendo para jogar tudo pro alto e subir uma montanha no Tibete, mas de ser feliz como você é, ou então buscar meios para ser feliz como você achar que será. Assuma o volante de sua existência, mas lembre-se: respeite as regras de trânsito, pois nas estradas da vida cada um dirige de um modo. E em direções distintas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário